Na luta desde 2013, a Associação Pensapassos deu, no dia 26 de fevereiro, início a um sonho há muito ansiado: a construção de um Centro de Dia, na freguesia de Penha Longa e Paços de Gaiolo, no concelho do Marco de Canaveses, que estará finalizado em 16 meses.

Durante a assinatura do contrato, Carlos Correia, presidente da associação, referiu que este passo é de “extrema importância” já que se trata de “uma mudança de paradigma na história da freguesia. Esta assinatura vai mudar a vida das pessoas, dos mais novos, dos mais velhos, mas também do próprio concelho”.

A criação de um Centro de Dia vai auxiliar pessoas “não só da freguesia, como de outras locais”, porque a equipa está de“braços abertos para continuar a fazer um trabalho comunitário e social, ao mais alto nível”.

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A freguesia é marcada por “um envelhecimento populacional. A freguesia está isolada e esta resposta é importante porque dá a proximidade necessária às pessoas que cá vivem. No futuro serão mais apoiadas e terão acesso a serviços inovadores”.

Embora Carlos Correia esteja “orgulhoso”, confessa que: “os dedos da mão não chegam para os momentos em que pensei desistir. Foram muitas dificuldades, mas com perseverança, força de vontade e apoio da equipa avançamos e, hoje, valeu a pena”.

Neste sentido, o diretor deixou um conselho à comunidade: “sinto-me orgulhoso de nunca ter desistido. Se tiverem de desistir de algo, parem, reflitam e avancem porque há-de chegar a vitória”.

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A empresa responsável pelo projeto é a Togamil. Carlos Correia explica que foi um concurso público “transparente. Vamos desenvolver o trabalho com o engenheiro responsável e com o encarregado geral. Foi um trabalho árduo, com muitas dificuldades, muitos degraus e obstáculos e isto já merecia ter um fim, apesar de ser apenas uma vírgula”.

A presidente da junta de freguesia, Raquel Pereira, que acompanhou o projeto desde o início, destacou “a admiração” que sente pelas pessoas que comandam a associação. “Acompanhei o projeto desde que nasceu, ainda não era eu presidente de junta. O Carlos levou com portas fechadas e muitos ‘nãos’, mas nunca desistiu. Não é um trabalho fácil, porque quando se trata de coisas para terceiros são poucos aqueles que lutam até ao fim, mas o Carlos, as Paulinhas e toda a associação demonstraram que vale a pena lutar”.

Quando o trabalho estiver erguido, a autarca local acredita que será “uma enorme satisfação”, enaltecendo, mais uma vez, o trabalho destas pessoas que vão “ficar na história por não terem desistido”.